Um livro sobre os rastros deixados pela humanidade
Quais seriam os rastros deixados nas paisagens, se fossemos uma maioria que toma decisões baseadas no bem viver, colocando a vida no centro de tudo?
Ando delirando sobre essas possibilidades que parecem estar tão distantes do real. Depois de assistir a aula do Adriano Liziero, no evento de lançamento da campanha do livro Somos Paisagem, fiquei com essa ideia na cabeça.
Saí da aula bem impressionada com as imagens que as sociedades estão criando à partir de seus hábitos e formas de vida. E, olha, as paisagens que construimos até aqui, muitas vezes, não são muito belas, não. Muitas delas mostram segregação, ganância e desconexão.
Mas não precisaria ser assim. Ou, melhor dizendo, a humanidade não está apenas deixando rastros feios. Têm sociedades preservando e regenerando paisagens.
O caso da Comunidade Agroflorestal José Lutzenberg, em Antonina (PR), que Adriano trouxe ao final do encontro, é um bom exemplo de como a coletividade pode regenerar uma paisagem através da plantação de alimentos, por exemplo.
Adriano também falou sobre as paisagens preservadas pelos povos indígenas e quilombolas resistindo há centenas de anos e ainda deu um spoiler ao relatar que em cada história que traz no livro ele encontrou exemplos de esperança e transição. No meio das ruínas de Maceió, na periferia de Manaus, na lama de Brumadinho… em todos esses lugares que apresentam paisagens duramente transformadas/modificadas, também existem exemplos de pessoas que são sementes de rastros bons.
É por isso que considero que o livro Somos Paisagem é tão necessário de estar presente nas bibliotecas, escolas, faculdades e instituições públicas. Porque é um livro que abre nossos olhos, mostrando o impacto negativo que um pequeno (mas poderoso) grupo de pessoas pode fazer na paisagem, mas também mostra os exemplos de quem resiste. E é nesse segundo grupo que precisamos buscar inspirações.
“O meu papel como geógrafo é revelar o mundo para a pessoas. Eu acredito que nós, geógrafos, precisamos abrir os olhos das pessoas para o que é o mundo, o que acontece nele, sensibilizando e aguçando a curiosidade das pessoas para além de seus quintais”.
-Adriano Liziero
A boa notícia é que na reta final da campanha de financiamento coletivo do livro, a Bambual Editora irá colocar a opção de doação para escolas, faculdades, bibliotecas ou entidades públicas. Maravilhoso, né?
Mas antes de deixar a opção ativa, precisamos selecionar quais serão as entidades que receberão o livro. Por isso, se você tiver alguma biblioteca, escola, faculdade ou órgão público que deseja indicar, responda esse e-mail ou deixe um comentário aqui com o nome dessas instituições.
As bibliotecas, principalmente públicas e escolares, são espaços de acesso e difusão de saberes, essenciais para que estudantes e comunidades tenham contato com outras realidades e possibilidades.
Entre elas, refletir sobre o poder das nossas ações para moldar as paisagens, e as vidas, é uma oportunidade que vai transformar cada pessoa que tiver contato com o livro Somos Paisagem, tanto pelo impacto visual de ver do alto, quanto pelas análises e contextualizações das imagens.
Vai ser uma experiência marcante, que pode impulsionar ainda mais pessoas a participarem e se envolverem em ações para transformações positivas no nosso mundo.
-Uriel Barbosa, bibliotecária e articuladora cultural.
Faltam 18% da meta! Participe desse projeto e faça o livro acontecer!
A campanha chegou a 83% da meta, mas o livro só será publicado se a meta total for atingida.
A Bambual Editora e o Geopanoramas preparam inúmeras recompensas para você participar - em TODAS elas seu nome estará nos agradecimentos do livro como demonstração da gratidão por seu apoio.
Além disso, assim que você fizer a colaboração será enviado para seu e-mail o ebook GEOPANORAMAS, um compilado dos conteúdos mais importantes e reflexivos que o Adriano já produziu.
Se você já contribui, apoie na divulgação para que esse financiamento coletivo chegue para mais pessoas e alcance a meta!